segunda-feira, 20 de junho de 2011

Educação Física, disciplina desvalorizada?


Em meu pouco tempo de magistério, venho tentando descobrir qual a real importância de minha disciplina para a escola, para a direção e principalmente para os alunos. Costumo usar um pequeno questionário pessoal sobre as impressões dos alunos em relação à disciplina, e neste exercício, a pergunta mais importante é se eles sentiriam falta se esta matéria não fosse mais ofertada nas escolas. Como este questionário é usado sempre como um primeiro contato, isto é, no começo das aulas, suponho que os papéis frios que recebo com as respostas pouco denotam a realidade, visto a profusão de respostas positivas em relação à matéria, como se os alunos quisessem tirar vantagem das respostas "bonitinhas" e entusiasmadas. No entanto, o que se percebe é que a Educação Física é um caso de amor ou ódio. Quem odeia, quase sempre, é adepto do sedentarismo, enquanto que quem ama, é amante incondicional da bola e de qualquer exercício que a envolva.   
Desde que se tornou obrigatória a aula teórica e expositiva em sala de aula, desconfio que a disciplina  recebeu uma relativa valorização. Primeiro, por que ao tirar o professor da quadra e colocá-lo a mercê do pincel e do quadro branco, diminuiu (mas não extinguiu) aqueles comentários maldosos como:  "Ser professor de educação física é muito fácil, é só jogar uma bola de futebol na quadra" ou "Por que não fiz educação física, não se faz nada".  Depois, por que deu oportunidade ao educador físico mostrar que é tão ou mais educador quanto os outros professores. Agora, se a disciplina tem sua parcela de desvalorização, é inegável que foi devido a "performances elogiáveis de profissionais compromissados ao longo da história" (Tecla ironia ligada).  

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