Diabetes
É uma disfunção do metabolismo, ou seja, do jeito pelo qual o organismo usa a digestão dos alimentos para crescer e produzir energia. A maioria das comidas que comemos é quebrada em partículas de glicose, um tipo de açúcar que fica no sangue. Esta substância é o principal combustível para o corpo.
Depois da digestão, a glicose passa para a corrente sanguínea, onde é utilizada pelas células para crescer e produzir energia. No entanto, para que a glicose possa adentrar as células, ela precisa da ajuda de uma outra substância, a insulina. A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, uma grande glândula localizada atrás do estômago. Quando nos alimentamos, o pâncreas produz automaticamente a quantidade certa de insulina necessária para mover a glicose do sangue para as células do corpo. Nas pessoas com diabetes, porém, o pâncreas produz pouca insulina ou então as células não respondem da forma esperada à insulina produzida. O que acontece? A glicose do sangue vai direto para a urina sem que o corpo se aproveite dela. Ou então fica no sangue, aumenta o que se chama de glicemia (concentração de glicose) e também não é aproveitada pelas células. Deste modo, o corpo perde sua principal fonte de combustível, pois há glicose no sangue, mas ela não pode ser jogada fora sem ser utilizada.
Diabetes x Exercício Físico
Muitas pessoas acreditam que o diabético possui um certo risco ao praticar exercícios, pois já que o músculo necessita de insulina durante o exercício, a pessoa diabética ao fazer exercício pode não ter esta insulina em quantidade suficiente.
Isto não é verdade. Os diabéticos podem (e devem) praticar, sem qualquer risco, exercícios regulares, mas devem procurar orientação médica a fim de que se possa monitorar os níveis sangüíneos de glicose e insulina.
BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS AO DIABÉTICO
BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS AO DIABÉTICO
Aumento da captação de glicose pelo músculo: durante o exercício físico, os músculos captam glicose mais eficientemente, a fim de produzir energia para a contração muscular e garantir os níveis de glicose adequados. O exercício físico estimula a produção de insulina, o que é benéfico para o diabético.
Aumento da sensibilidade celular à insulina: o exercício físico eleva a sensibilidade celular em 40%, mas com efeito limitado de 2 a 3 dias.
Captação da glicose no período após o exercício: após o término do exercício, a musculatura continua captando glicose de forma mais eficiente. Mas, neste momento, o objetivo não é mais fornecer energia para o trabalho muscular e sim fornecer substratos para recompor o músculo que foi utilizado durante o exercício. Este fenômeno pode ser responsável por hipoglicemias até 48 horas após o término da atividade.
Diminuição da gordura corporal: 90% dos diabéticos tipo II são obesos e a gordura tem íntima relação com o aumento da resistência celular à insulina. Por isso, recomenda-se a prática de exercícios a fim de que a quantidade de gordura seja reduzida e, conseqüentemente, diminua a resistência celular a insulina. As modalidades mais indicadas são as predominantemente aeróbias, isto é, aquelas que são realizadas em um ritmo natural e constante. Como exemplos de tais atividades temos a natação, a caminhada, o ciclismo, a hidroginástica, aulas de dança, dentre outros.
Incremento das funções cardio-respiratórias:
Dentre elas diminuição da freqüência cardíaca e pressão arterial de repouso e aumento do fluxo e distribuição de sangue, do glicogênio muscular e hepático, da freqüência cardíaca máxima e da massa muscular, entre outros.
Dentre elas diminuição da freqüência cardíaca e pressão arterial de repouso e aumento do fluxo e distribuição de sangue, do glicogênio muscular e hepático, da freqüência cardíaca máxima e da massa muscular, entre outros.
Redução dos fatores de risco de doenças coronarianas:
O exercício físico regular proporciona diminuição do colesterol de baixa densidade e aumento do colesterol de alta densidade, assim como diminuição da taxa de triglicérides. Níveis elevados de colesterol, pressão arterial elevada, fumo e inatividade física são os quatro maiores fatores de risco de doenças coronarianas.
O exercício físico regular proporciona diminuição do colesterol de baixa densidade e aumento do colesterol de alta densidade, assim como diminuição da taxa de triglicérides. Níveis elevados de colesterol, pressão arterial elevada, fumo e inatividade física são os quatro maiores fatores de risco de doenças coronarianas.
Duração do exercício:
Preconiza-se o mínimo de 20 minutos de exercícios, uma vez que o pico de captação de glicose pelo músculo ocorre entre os primeiros 14 a 20 minutos.
Preconiza-se o mínimo de 20 minutos de exercícios, uma vez que o pico de captação de glicose pelo músculo ocorre entre os primeiros 14 a 20 minutos.
Cuidado!
A intensidade do exercício diz respeito a quantidade de esforço que o organismo é submetido durante a prática do mesmo. Quanto mais intensa uma atividade é, seja em velocidade ou em força, mais anaeróbio o exercício se torna e, portanto, mais inadequado para o diabético. Por isso, um diabético deve praticar exercício físico, mas deve tomar estes cuidados para não fazer com que este benefício se torne um malefício.
Dicas de alimentação para o diabético praticante de exercício físico:
- Se você for usuário de insulina, os exercícios físicos não devem coincidir com o horário do pico da insulina;
- Recomenda-se o consumo de 15 a 30g de carboidratos (1 maçã + 3 bolachas de água e sal + 1 copo de suco de fruta, por exemplo) antes da prática do exercício;
- Se for um exercício de longa duração, recomenda-se o consumo de carboidrato durante a prática do exercício (1 barra de cereal, por exemplo);
- Como em toda e qualquer prática de exercício, deve haver uma oferta hídrica adequada, portanto, o consumo de líquidos (água e sucos) devem ser aumentados.
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