A geração atual muniu-se de um arcabouço amplo de informações e conhecimentos. Dentre eles, a necessidade de uma vida equilibrada entre exercícios físicos e alimentação saudável . Entusiasticamente, um professor meu do tempo da faculdade (que Deus o tenha) apregoava que o exercício físico é tão benéfico e importante, que deveria ser acondicionado em frascos, colocado em prateleiras e vendido em farmácias. Como nenhuma grande indústria farmacêutica fez isto (ainda), todos os seres ativos devemos nos predispor para os benefícios dos exercícios físicos. Mas, além deste bônus, existe o ônus: Dores musculoesqueléticas. E são duas. Uma aguda, que ocorre durante o treinamento, manifestando-se como uma "dor-ardência", que ocorre nas últimas repetições de uma série de musculação por exemplo, (alguém lembrou da cadeira extensora?) e aquela que ocorre muitas horas depois do esforço físico e é chamada de Dor Muscular Tardia, pois ocorre de 24 a 56 horas depois do exercício.
Usualmente, a ambas é dada a mesma explicação, apregoada por esportistas, leigos e até estudantes iniciais de Educação Físico: o acúmulo na concentração de ácido lático. Por isso, há surgimento do seguinte mito (tão grande e corriqueiro que mais lembra uma lenda urbana):
Mito: Todas as dores ocasionadas por exercícios físicos são provenientes do acúmulo de ácido lático!
O mito reside no fato de que esta explicação só esclarece fisiologicamente as dores que ocorrem durante a própria execução do exercício, como aquela "queimação ou ardência", que ocorre na realização de exercícios de alta intensidade, pois está relacionada ao acúmulo sim de ácido lático (subproduto do metabolismo anaeróbio). Ardência e dor aguda momentânea são ações deste produto metabólico e causam dor de efeito imediato.As pessoas sedentárias, quando precisam fazer um esforço grande também têm essa sensação. No entanto, após algum tempo, o ácido láctico é metabolizado no fígado e o músculo volta à sua capacidade normal de contração. É justamente por isso que as dores tardias não podem ser explicadas pelo acúmulo de ácido lático, pois o mesmo é metabolizado pelo organismo cerca de duas a três horas depois do exercício.
Quanto a Dor Muscular Tardia, apoiamos-nos no fisiologista Turíbio Leite de Barros, um dos maiores especialistas em medicina esportiva no país. Segundo ele, o fenômeno não tem nada a ver com intoxicação das células pela substância (ácido lático), mas sim com um quadro inflamatório dos tecidos musculares. Vale ressaltar que ela é dependente diretamente da intensidade, duração de esforço e do tipo de exercício realizado. Sendo assim, a principal causa pode estar relacionada a microtraumatismos e inflamação aguda das fibras musculares (que desencadeiam um processo inflamatório no organismo cerca de 24 horas após a atividade. O efeito seria causado pela liberação da enzima CK na corrente sangüínea, a partir do rompimento de membranas celulares presentes nos músculos), estiramento excessivo do tecido conjuntivo do músculo, alteração no mecanismo celular de entrada e saída de cálcio ou vários fatores conjugados.
Ainda segundo Toríbio Leite, as dores decorrentes dessa lesão química podem ser amenizadas com a administração de vitaminas e minerais. A suplementação, segundo Barros, protegeria o músculos dos traumas do exercício intenso ao impedir o rompimento das membranas celulares a partir da neutralização dos radicais livres.
Quanto a Dor Muscular Tardia, apoiamos-nos no fisiologista Turíbio Leite de Barros, um dos maiores especialistas em medicina esportiva no país. Segundo ele, o fenômeno não tem nada a ver com intoxicação das células pela substância (ácido lático), mas sim com um quadro inflamatório dos tecidos musculares. Vale ressaltar que ela é dependente diretamente da intensidade, duração de esforço e do tipo de exercício realizado. Sendo assim, a principal causa pode estar relacionada a microtraumatismos e inflamação aguda das fibras musculares (que desencadeiam um processo inflamatório no organismo cerca de 24 horas após a atividade. O efeito seria causado pela liberação da enzima CK na corrente sangüínea, a partir do rompimento de membranas celulares presentes nos músculos), estiramento excessivo do tecido conjuntivo do músculo, alteração no mecanismo celular de entrada e saída de cálcio ou vários fatores conjugados.
Ainda segundo Toríbio Leite, as dores decorrentes dessa lesão química podem ser amenizadas com a administração de vitaminas e minerais. A suplementação, segundo Barros, protegeria o músculos dos traumas do exercício intenso ao impedir o rompimento das membranas celulares a partir da neutralização dos radicais livres.
"Quanto mais exercício o indivíduo faz, mais radicais livres no organismo e maior a necessidade de antioxidantes", disse.
Para prevenir as dores seria necessário, então, alimentar o organismo com compostos que ele não produz e que dificilmente conseguimos suprir somente por meio das refeições. O consumo de vitaminas e minerais nas dosagens recomendadas seria, de acordo com o fisiologista, a melhor resposta para combater o problema. "Se for possível neutralizar o radicais livres, o quadro de dor vai melhorar, sem impedir o remodelamento dos músculos."
Em suma, está mais do que comprovado cientificamente que o ácido lático não é o causador da Dor Muscular Tardia, como muitas pessoas apregoam até com certa empáfia. Ela é inevitável, (embora já tenha escutado alguns professores acadêmicos afirmarem que não está correto qualquer treinamento que resulte neste tipo de dor), ainda que possa ser amenizada e às vezes, evitada.
Por Ferdinando Rios
Fontes de Pesquisa:
Fisiologia do Exercício - Energia, Nutrição e Desempenho Humano - MCARDLE, WILLIAM D. KATCH, FRANK I. KATCH, VICTOR L.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL171260-5603,00.html
http://sergionunespersonal.blogspot.com/2011/05/dor-muscular-apos-exercicios-ou-tardia.html
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL171260-5603,00.html
http://sergionunespersonal.blogspot.com/2011/05/dor-muscular-apos-exercicios-ou-tardia.html